No Palácio de
Schönbrunn nasceram e viveram muitas das gerações dos Habsburg. Porém uma
dessas pessoas teve uma ligação direta com a história brasileira: D. Leopoldina
de Habsburg.
Nascida em 22 de
janeiro de 1797, filha do imperador Austríaco Francisco I e Maria Teresa de
Nápoles e Sicília. Perdeu sua mãe aos 8 anos e por isso foi criada por sua
madrasta Maria Luísa da Áustria.
A ligação entre
esses dois mundos tão diferentes começa em 1816, após muitas conversas e
negociações, quando Leopoldina foi escolhida para se casar com D. Pedro I,
herdeiro do trono de Portugal, Brasil e Algarve.
A união foi
celebrada por procuração no dia 13 de maio de 1817, quando D. Pedro foi
representado pelo tio de D. Leopoldina e em agosto sua comitiva de 28 pessoas
partiu rumo ao Brasil.
D. Leopoldina
apaixonou-se tanto pelo marido, quanto pelo seu novo país, adaptando-se
rapidamente. No início de suas vidas conjugais, havia uma certa harmonia, mas
com o passar do tempo as infidelidades de D. Pedro I tornaram-se mais
frequentes, trazendo infelicidade para a esposa. É possível perceber sua
tristeza em cartas enviadas a sua família na Áustria.
A princesa era
apreciadora das artes e da ciência. Interessava-se por geologia e botânica e
coletava muitas amostras de rochas e plantas para suas pesquisas.
Com a partida do D. João VI para
Portugal, D. Pedro assume o Brasil como Príncipe-regente, ao mesmo tempo que
muitos grupos separatistas começam a aparecer. Em agosto de 1822, D. Pedro
viaja para São Paulo e Leopoldina assume a regência interina e preside o
Conselho de Estado.
Com isso, envia a
D. Pedro alguns documentos e também uma carta dela e de José Bonifácio,
contando sobre críticas à sua regência. Praticamente ela sugere que se faça a
independência usando as seguintes palavras: “O pomo está maduro, colhe-o já.”
Após a independência do Brasil, foi
criada a primeira bandeira nacional, que homenageia as duas famílias: o verde
representa as cores da família Bragança e o amarelo, os Habsburgo.
Tornaram-se Imperador
e Imperatriz do Brasil em 1822, quando acontece a cerimônia de coroação.
O relacionamento
entre Leopoldina e Pedro torna-se ainda pior, quando ele resolve trazer sua
amante Domitila de Castro, conhecida como a Marquesa de Santos, para viver
próximo à residência oficial.
D. Pedro e D. Leopoldina tiveram sete filhos: D. Maria, D. Miguel, D. João Carlos, D. Januária, D. Paula, D. Francisca e D. Pedro.
Morre no Rio de Janeiro, durante o parto de
seu sétimo filho, o que causou uma comoção muito grande do povo brasileiro.
Dois dos filhos de Dom Pedro I e Dona
Leopoldina foram soberanos, D. Maria II foi rainha de Portugal e D. Pedro II, Imperador
do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário