A interessante história de um dos maiores atrativos de Viena.
Um dos atrativos mais importantes de Viena,
o Palácio Schönbrunn é um belo exemplar arquitetônico, que foi utilizado como residência imperial ao longo do século XVIII.
Mas a história do Schönbrunn vem de tempos
mais remotos. Ainda na Idade Média, a propriedade tinha o nome de Katterburg e
pertencia à Abadia de Klosterneuburg, onde também funcionava um moinho de milho
e uma fazenda.
Depois de passar por muitos arrendatários,
finalmente em 1569, a propriedade se tornou posse dos Habsburg, através de
Maximilian II, que se propôs a aumentar a área de caça e de criação de aves.
Reza a lenda, que em 1612 o Imperador
Matthias encontrou uma linda fonte (Schöner Brunnen) enquanto caçava, o que deu
o novo nome à propriedade.
Algum tempo depois, Ferdinand II e sua
esposa Eleonora von Gonzaga passaram a frequentar muito o local e passaram a
dar festas de caça. Mais tarde, após a morte do imperador, sua viúva fixou
residência na propriedade, construindo um castelo e documentando, finalmente, a
mudança de nome de Katterburg para Schönbrunn.
Mais tarde, já em 1686, Leopoldo I resolveu
dar a propriedade para seu filho e herdeiro, construindo uma nova residência
para ele. Para isso contratou o arquiteto, formado em Roma, Johann
Bernhard Fischer von Erlach, que fez um grandioso projeto sobre as fundações do
antigo castelo de Eleonora de Gonzaga, construindo um enorme pavilhão de caça,
de acordo com o estilo barroco.
Tempos depois, já no império de Carlo VI, foi documentado que ele deu a
propriedade para a filha Maria Theresa e foi no reinado desta que o Schönbrunn começou a viver sua época de glória, sendo o centro de
todo acontecimento social e político da Áustria.
Com o crescimento da família, tornou-se
necessária a ampliação do palácio com novas suítes imperiais, mobiliados com
ricos adornos e afrescos no teto. Galerias, escadarias, pavilhões, câmaras de
audiências, tudo de forma a tornar a residência mais condizente com as
cerimônias da corte.
Amante das artes, Maria Thereza enriqueceu
ainda mais o palácio com pinturas de diversos artistas, como Bernardo Belloto,
Johan Wenzel Bergl.
O último projeto iniciado por ela foi o dos
jardins, sendo supervisionado pelo arquiteto Johann Ferdinand Hetzendorf von
Hohenberg, que fez obras como a Gloriette, a Ruína Romana, a Fonte de Netuno e
a do Obelisco.
Após a morte de Maria Theresa, o palácio
permaneceu desocupado, sendo utilizado como residência de verão depois pelo
imperador Franz II. Este precisou providenciar restauração e reformas para que
a decoração fosse atualizada para a moda da época, alterando inclusive a
fachada entre 1817 e 1819.
Nascido e criado no Schönbrunn,
o imperador Franz Joseph escolheu o palácio como sua residência favorita,
trazendo mais uma época gloriosa para o local. Ao se casar com a duquesa
Elisabeth da Baviera (conhecida como Sissi), a ala oeste foi toda preparada
para recebê-la.
A partir de meados do século XIX, passou-se
a estabelecer os tons de amarelo que prevalecem atualmente, conhecido como “Schönbrunn
Yellow”.
Ao longo dos tempos, o Palácio de Schönbrunn passou por diversas fases,
algumas brilhantes, outras de quase abandono, mas nunca perdeu sua imponência e
grandiosidade e hoje atrai milhares de pessoas em busca de suas magníficas
histórias.
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